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Coronavrus: o que e como funciona o autoteste para Covid-19? | Detetive TC

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A testagem é considerada como uma das principais estratégias para rastrear e conter a pandemia do novo coronavírus, desde o começo do aparecimento da doença. São vários os tipos de testes para identificar de uma pessoa tem Covid-19, e a própria coluna já destacou em 2020.

Agora, o assunto da vez é o chamado autoteste. O que ele entrega de diferente das demais alternativas? Como funciona a detecção do SARS-CoV-2 aqui? O Detetive TC foi atrás das informações e detalha a você a seguir.

O que o autoteste?



O autoteste, como o nome já diz, consiste em um teste o qual você mesmo pode fazer e ter o resultado na hora. Eles são comprados na farmácia e interpretados diretamente pelo paciente que o fará.

É esse último ponto que o diferencia de um teste rápido comum vendido em drogarias. Este caso, já conhecido e liberado anteriormente, tem a coleta e o resultado feitos diretamente no estabelecimento farmacêutico.

Já no caso do autoteste, dá para comprar e pegar a amostra, assim como fazer a interpretação, na própria residência, ao seguir as instruções contidas na caixa, pelo fabricante do produto.

Esta testagem também busca identificar uma infecção no momento da coleta, ou seja, não serve para detectar uma contaminação antiga nem níveis de anticorpos do indivíduo.



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Benefícios vs cuidados

O autoteste demanda uma série de cautelas em sua realização. O usuário precisa ter um treinamento prévio, com instruções claras de como realizá-lo. Assim, impediria uma possível interpretação enganosa do resultado apontado.

Por outro lado, o teste feito pelo próprio paciente permitiria ampliar o diagnóstico na população, a fim de melhorar o enfrentamento à doença. Assim, uma pessoa que descobrisse estar com a Covid-19 poderia receber com maior rapidez as orientações para se cuidar e não transmitir a doença a outras pessoas, bem como realizar o rastreio dos contatos que possam ter sido expostos também.

Como funciona?



Assim como a medição de glicose no sangue ou os famosos “testes de farmácia” de gravidez, o autoteste para o novo coronavírus engloba comprar um kit de coleta e fazer todo o processo sozinho. Você deve pegar o cotonete que vem junto e coletar a secreção do nariz ou da boca, no primeiro passo.

Em seguida, a haste é inserida em um processo químico, para ter contato com o reagente. Após meia hora, o produto exibirá se o resultado deu positivo ou negativo para a presença do SARS-CoV-2.

Autoteste no mundo



Os autotestes já são utilizados em diversas partes do mundo, com autorização dos órgãos responsáveis. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças (CDC) liberou a venda deles em farmácias, com recomendações para o uso. Lá, a testagem do próprio usuário é vista como vantajosa, por trazer mais conveniência que os próprios laboratórios.

Para orientar a população, o CDC fornece vídeos e outros materiais que ensinam como realizar a coleta com cuidado. A entidade ainda reforça que um teste feito muito no início da infecção, bem como quando realizado sem seguir as devidas instruções, poderá dar um falso negativo.

Já na Europa, o uso recomendado demanda planejamento e implementação com cautela. O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) declara que as autoridades locais de saúde devem avaliar a prevalência da doença e o cenário de implementação dos autotestes – seja na população geral ou apenas determinados grupos.

No entanto, o ECDC acrescenta que os autotestes têm capacidade de contribuir para a identificação rápida de casos, assim como a redução da transmissão, já que os positivados poderão entrar em isolamento sem demora. O órgão ainda conclui que uma das dificuldades de se fazer apenas essa testagem está na falta de sequenciamento e monitoramento de variantes preocupantes.

Enquanto nos EUA, há a venda por estabelecimentos farmacêuticos; no Reino Unido, a distribuição dos autotestes é gratuita, por meio do sistema público de saúde. Os britânicos podem retirar os kits com sete exames em drogarias, ou solicitar a entrega via internet – sem qualquer custo –, com o dever de reportar os resultados online ao NHS posteriormente.

Fora dessas regiões, países como Austrália e Canadá também aplicam esse método de detecção da doença como política de combate à pandemia, com recebimento grátis por meio dos seus respectivos sistemas de saúde. O país australiano ainda exige o reporte sobre os resultados positivos dos usuários.

Autoteste no Brasil



No Brasil, a Anvisa realizou uma avaliação sobre os autotestes nesta quarta-feira (19). Contudo, após votação da Diretoria Colegiada da agência, foram solicitadas mais informações para o Ministério da Saúde.

Os detalhes pedidos abrangem a política pública da pasta para a utilização desse tipo de exame a nível nacional. O órgão regulador entende que o uso como medida de saúde pública precisa levar em conta fatores como a orientação para a coleta, medidas de segurança, advertências, limitações especificadas, cuidados de armazenamento e condições do ambiente de utilização, além do intervalo de leitura.

E aí, o que você acha da aplicação de autotestes no Brasil para ampliar a testagem contra a Covid-19? Interaja conosco!

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