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Review Lost in Random – A grande surpresa do ano?

Review Lost in Random – A grande surpresa do ano?

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Desenvolvido pela Zoink e publicado pela Electronic Arts, Lost in Random chega em um momento movimentado do ano. Nestes últimos meses de 2021, diversos títulos de peso serão oferecidos aos jogadores, o que pode ofuscar aqueles que tenham um apelo menor.

No entanto, o jogo da EA Originals mergulha o suficiente em todos os elementos cativantes de um conto de fadas sombrios, entregando uma jornada repleta de elementos próprios e personagens interessantes, com um bom toque de mistério, medo e loucura.

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Perdida em Random

Em Random, mundo onde o jogo se passa, uma rainha poderosa e má governa cada uma das seis cidades, apenas utilizando o seu dado mágico para decidir o futuro de cada pessoa. Ao completar 12 anos, uma criança deve rodar este dado para descobrir qual será sua vida, com cada número significando uma vida em uma das cidades de Random, sendo elas Onecroft, Two-Town, Threedom, Fourburg, Fivetropolis e Sixtopia.

Desta maneira, não há liberdade para buscar seu destino, uma vez que a rainha ordena que o dado seja a lei. A protagonista, uma garotinha chamada Even, vê sua irmã se tornar uma “sixer“, rolando um seis no dado e sendo escolhida para viver ao lado da rainha, longe de sua família.

A rainha domina Random com tirania.

Even então resolve partir em busca de sua irmã, deixando Onecroft e saindo em uma aventura rumo ao desconhecido. Lost in Random já desperta a curiosidade do jogador neste momento, já que nesta altura do jogo já vimos elementos suficientes para entender que este não é um mundo comum.

A partir deste momento, Even embarca em uma jornada por cada uma das cidades, encontrando desafios e personagens que se diferenciam um dos outros. Embora em certos momentos a aventura pareça se arrastar um pouco mais do que deveria, em sua grande parte ela oferece diversão e prende a atenção do jogador, entregando histórias e diálogos cativantes, sempre com um pouco de loucura, algo sombrio e um humor irônico.

As cidades e seus cidadãos cativam

Se o mundo de Random já parece estranho, essa sensação fica ainda maior quando encontramos os cidadãos que vivem nele. Pessoas, criaturas estranhas, monstros e outras coisas que talvez nunca descubramos o que são fazem parte dos rostos que você conhece durante a jornada.

Em cada conversa, incluindo os momentos de descontração, é possível perceber que há certa melancolia em Lost in Random, o que entrega de maneira certeira a ideia de que este mundo está em pedaços e sem esperanças devido a tirania da rainha.

Vale destacar o excelente trabalho de dublagem do jogo, com ótimas interpretações, que ganha ainda mais força com diálogos extremamente bem escritos. Cada conversa do jogo é capaz de despertar o interesse do jogador, enquanto em poucas palavras os personagens já revelam muito sobre si mesmos.

Diversos personagens interessantes aparecem na jornada.
Diversos personagens interessantes aparecem na jornada.

Enquanto lembra filmes como “A Noiva Cadáver” e “O Estranho Mundo de Jack”, e até mesmo se assemelha a jogos como “Little Nightmares”, Lost in Random é eficiente em entregar uma atmosfera sombria, porém extremamente cativante e convidativa, fazendo o jogador sentir que em sua melancolia, tristeza e até mesmo “desespero”, há também algo agradável.

O jogo ainda sabe utilizar muito bem cada uma de suas cidades, o que de fato chama a atenção e mantém a jornada de Even interessante a cada nova etapa. Em Two-Town todos os cidadãos têm duas personalidades, o que gera conversas absurdas e uma dualidade cativante em diversos personagens, enquanto em Threedom nos encontramos em meio a uma guerra entre trigêmeos. Isto já deixa claro que cada local possui suas próprias histórias e elementos.

Poderíamos falar por um bom tempo sobre as características e diferenças de cada uma das seis cidades, tudo graças ao excelente trabalho dos desenvolvedores em dar identidade para cada etapa do jogo. Além disso, é importante lembrar que cada cidade também possui seus segredos, histórias secundárias e peculiaridades. Uma sombra que sequestra crianças – como uma boa alusão ao bicho-papão -, uma cidade em que os jogos são levados a sério, duques e baronesas enlouquecidos… as histórias são muitas e em grande parte cativam.

O sistema de combate funciona

Se em Lost in Random a aleatoriedade do dado é o que decide o destino das pessoas, no jogo é também o dado de Even, o carismático Dicey, que decide nossas batalhas. Aqui há outro acerto do título, sendo também uma tentativa um tanto arriscada de misturar sorte e habilidade em combate.

Havia a possibilidade do sistema de combate de Lost in Random desagradar, uma vez que a ideia de rolar o dado incontáveis vezes enquanto você luta, parecia correr o risco de fazer com que o título se tornasse repetitivo e cansativo.

Even precisa coletar cristais para “carregar” seu dado, o que faz com que você deva acertar pontos específicos dos inimigos com seu estilingue, ou então deva desviar no momento certo de ataques recebidos. Carregando o dado, você pode usar as cartas de seu deck, que podem ser compradas permitindo que você tenha alguma liberdade para preparar-se para o combate de acordo com sua preferência, embora a aleatoriedade decida seu futuro.

Após carregar o dado o suficiente, você pode rolar o dado para ativar suas cartas. É possível agir apenas com uma disponível ou então esperar a mão cheia, de acordo a exigência de cada momento das batalhas.

As cartas podem oferecer armas, vida, escudos e outras habilidades, o que deixa o combate variado. Porém você deve lembrar que Lost in Random não possui uma árvore de habilidades, e como você depende dos dados e das cartas que aparecem, Even não possui habilidades e golpes que podem ser utilizados em qualquer momento do jogo. Sendo assim, muitas vezes você ficará torcendo para que a carta de vida apareça, ou então irá comemorar quando o tão esperado martelo – uma das armas mais fortes – surgir para facilitar sua vida.

O combate se mostra divertido e interessante.
O combate se mostra divertido e interessante.

Ainda vale lembrar que após rolar o dado, você perderá todas as cartas, mesmo que não as ative, precisando carregar tudo de novo. Por isso, em sua aleatoriedade Lost in Random exige também certa estratégia dentro do possível. Além disso, após rolar o dado o jogador terá o número sorteado para utilizar como pontos, com cada carta exigindo uma quantia específica. Isso também faz com que seja necessário muitas vezes optar por qual carta escolher, levando em consideração o número e tipo de oponentes, sua vida e outros elementos importantes.

O fato é que o sistema funciona. Na aleatoriedade há dúvida e tensão que aqui aparecem como algo prazeroso, enquanto conseguir as cartas desejadas garante uma boa sensação de alívio e satisfação. O principal problema é o fato de Even parecer um tanto travada e lenta em alguns momentos, porém os pontos positivos pesam mais na balança.

É necessário lembrar que sortear o número 1 no dado poderá irritar certos jogadores, ainda mais com a grande possibilidade de acontecer em diversos momentos, principalmente no começo do jogo, quando Dicey ainda não conta com todos os seus lados completos. É justamente neste ponto que Lost in Random se arrisca, já que os jogadores muitas vezes preferem apenas a habilidade decidindo as batalhas… apostar em um sistema aleatório é correr o risco de desagradar e desmotivar, porém uma vez que você compreende que em Lost in Random o destino é incerto, a dúvida se torna um elemento prazeroso e divertido que se encaixa nesta jornada.

Ainda no combate, o jogo entrega inimigos variados e batalhas contra chefes que se mostram diferentes umas das outras, o que torna estes momentos realmente interessantes e faz com que a jornada de Even seja recheada de desafios muito bem vindos.

Os chefões agradam bastante.
Os chefões agradam bastante.

Problemas em Random

Lost in Random de fato possui poucos problemas, porém alguns deles podem incomodar. Como já citado, Even se mostra lenta e pesada em alguns momentos do combate, com isso atrapalhando certos movimentos durante batalhas que já são decididas pelo “acaso”.

Além disso, fora de combate a personagem também apresenta problemas semelhantes, o que atrapalha a exploração. Além disso, embora seja cativante, o título em certos momentos parece se arrastar, tornando algumas partes monótonas.

Alguns problemas atrapalham um pouco a exploração.
Alguns problemas atrapalham um pouco a exploração.

Se suas cidades são, de fato, extremamente interessantes, é verdade também que a estrutura de missões se apresenta um tanto repetitiva. Fica a sensação de que enquanto o jogo apresenta histórias, personagens e tramas diferentes em cada uma de suas etapas, o título não consegue apresentar a mesma variedade na estrutura de suas quests em diversos momentos, assim como muitos objetivos também se assemelham bastante.

O veredito

Lost in Random entrega uma jornada cativante. Sombrio e melancólico, o título oferece carisma em sua loucura. Contando com personagens estranhamente interessantes, o jogo é capaz de prender sua atenção, enquanto tudo é guiado por um excelente visual e uma ótima trilha sonora.

Entre erros e acertos, o jogo vê seu arriscado sistema de combate como um de seus trunfos. Na aleatoriedade há muita diversão.

Lost in Random tem coração, cativa e sabe construir sua lore. Um ótimo trabalho da Zoink.

Nota: 8.0/10

Prós:

  • Personagens e mundo cativantes
  • Bom sistema de combate
  • Ótimos diálogos

Contras:

  • Um tanto arrastado em certos momentos
  • Alguns problemas na movimentação atrapalham
  • Estrutura de missões um pouco repetitiva

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