Pixel 6 vs iPhone 13: rivalidade entre Google e Apple aumentou nesta gerao? | Comparativo

Google e Apple já possuem rivalidade histórica entre os sistemas operacionais para celulares, além das próprias linhas Pixel e iPhone. Agora, a gigante de buscas promete acirrar a competição com seu novo chip customizado, algo que a “Maçã” já pratica no seu dispositivo.

Será que esta geração – com Pixel 6 e iPhone 13 – ampliou a concorrência entre as duas empresas, no mercado de smartphones? O TudoCelular mostra a resposta para você, neste Comparativo.

Você pode até não gostar, mas é nítido que o Google apostou em um design original no mercado. O Pixel 6 vem com um bloco horizontal preto na traseira, para abrigar as câmeras, além de uma tampa plana toda em vidro com Gorilla Glass Victus. Já a Apple não mudou muita coisa, com destaque apenas para a posição das lentes principais, que agora ficam na diagonal. O vidro de trás também tem proteção da Corning, enquanto as laterais são de alumínio, assim como o rival.

Na frente, o Pixel preferiu o notch em forma de furo centralizado na tela, onde fica a câmera frontal. Já a Apple manteve o sensor de selfies em um entalhe retangular tradicional, mas um pouco menor que as gerações passadas. Por sinal, o iPhone 13 é o mais compacto e leve da dupla.

O Google seguiu a tendência do mercado, com um leitor de impressões digitais sob o display. Do outro lado, a “Maçã” insiste em adotar apenas a biometria facial como alternativa de desbloqueio de tela. Pelo menos, ambos oferecem a certificação IP68, para resistir a água e poeira.

Para completar, nenhum deles vem com slot para expansão de memória, mas fornecem Wi-Fi de sexta geração e suporte a NFC, para pagamentos por aproximação.

Com um visual mais “diferentão”, o Pixel abre o placar.

Temos dois smartphones pensados para ter telas premium. A do Pixel opta pelo AMOLED com preto perfeito e amplo ângulo de visão. O brilho é satisfatório para uso fora de casa, assim como o display do iPhone. A Apple preferiu usar o OLED como o material, que supera o concorrente na calibração de cores padrão.

A “Maçã” ainda aposta nas tecnologias Dolby Vision e HDR10 como diferenciais, enquanto o Google aplicou apenas o HDR, para melhorar a reprodução de vídeo em streamings. Os dois usam resolução Full HD+, com proteção contra arranhões, seja pelo Gorilla Glass Victus ou pelo Ceramic Shield.

O principal destaque do Pixel está na taxa de atualização de 90 Hz. Assim, ele consegue reproduzir animações e jogos maior fluidez. O modelo também é o dono da tela maior, porém o iPhone 13 fica com o aproveitamento frontal superior, pelas bordas menores.

O Google pontua pela tela AMOLED com mais fluidez. Já a Apple ganha um ponto pela calibração de cores, além do suporte a Dolby Vision.

Na parte de áudio, as fabricantes não decepcionaram e optaram por um sistema sonoro estéreo. Em outras palavras, o alto-falante de chamadas é usado como canal secundário, para melhorar a imersão do usuário. A potência pode até ser boa dos dois, porém a do iPhone fica na frente.

A qualidade também não deixou por menos. Cada smartphone consegue bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. Nenhum deles conta com conector físico para fones de ouvido, como parece ter virado padrão aos participantes.

O iPhone 13 anota o ponto pela sua potência superior.

O Pixel 6 estreia o Android 12 como o sistema instalado de fábrica, enquanto o iPhone 13 vem com o iOS 15 nativo. Neste duelo de plataformas, ambos terão atualizações por longos anos, mas a Apple ainda consegue superar a concorrente na longevidade. Eles possuem suporte a 5G, para uma internet móvel mais veloz. O Google procura proporcionar mais fluidez pela compatibilidade com 90 fps. Mas nem por isso o software da “Maçã” deixa de ser suave, graças às suas otimizações.

Entre os recursos, o iPhone foca em tornar mais inteligentes e funcionais os seus aplicativos, ícones e menus. Já o Pixel inova com algumas ferramentas, que vão desde o assistente de voz para digitação, até a tradução em tempo real.

Vamos de um ponto para cada: a Apple pela longevidade; e o Google pelas funcionalidades.

Sistemas próprios, celulares próprios… e agora, chips próprios também. A Apple já fazia isso antes e tem no A15 Bionic a sua plataforma de última geração. A novidade é a estreia do Tensor, o primeiro hardware personalizado do Google. Será que ele faz frente ao componente da rival?

Fizemos os testes de velocidade para saber a resposta, mas parece que o chipset do Pixel ainda não foi o suficiente para bater o do iPhone. O A15 ainda foi cerca de seis segundos mais veloz que o concorrente, com uma diferença maior principalmente na rodada inicial, de abertura de apps.

Quando vamos para os benchmarks, dá para ver que ainda falta muito para o Tensor chegar no Bionic. O iPhone ficou muito acima tanto no AnTuTu como no Geekbench. Pelo menos, temos uma tela no celular da gigante de buscas que permite mais fps nos games. Mas a verdade é que nenhum dos dois vai te deixar na mão aqui.

Com facilidade, o ponto vai para a Apple.

Pixel e iPhone nunca foram linhas focadas em uma grande autonomia. Será que a situação foi corrigida nesta geração? Mesmo com capacidades longe do ideal no papel, a bateria deles não decepciona. Ainda assim, o Pixel ainda levou uma vantagem de três horas e meia, nos nossos testes padronizados.

Chegando no carregamento, nenhum deles traz um adaptador de tomada na caixa, como as fabricantes já têm acostumado os usuários. Na prática, o Pixel 6 foi o que demorou mais, com cerca de duas horas até completar o processo. Mas o iPhone 13 não fica muito atrás e só demora 18 minutos a menos para atingir os 100%.

Pela autonomia maior, o Google vence em bateria.

Nos dois lados, encontramos um conjunto duplo de câmeras, composto por uma principal e uma ultrawide. Com o sensor primário, temos fotos com cores acertadas e boa nitidez em ambos. O que vai pender a favor do Pixel é o alcance dinâmico, que permite bom nível de detalhes mesmo contra a luz. O modelo do Google ainda leva a melhor quando o assunto é foto noturna. Do outro lado, o iPhone capricha mais no modo retrato.

Já na lente mais aberta, temos fotos com qualidade bem próxima à da principal. Um problema dos dois smartphones aqui está na falta de foco automático, o que impede de usar para macros. Aqui temos uma vantagem para a Apple, que possui um campo de visão maior que a concorrente.

Um aparelho é melhor no alcance dinâmico e à noite; o outro, no modo retrato e no ângulo da ultrawide. Ou seja, mais um empate.

Ambas as câmeras gravam em resolução 4K a 60 fps. Elas entregam estabilização eficiente e foco bem ágil, sem contar a captura estéreo de áudio, com ótima qualidade. O desempate fica por conta de tecnologias presentes no iPhone, como o suporte a Dolby Vision e o modo cinemático, que desfoca o fundo em tempo real.

É mais um ponto para a Apple.

O Pixel 6 pode até tirar selfies boas durante o dia ou mesmo à noite. Porém, o rendimento do iPhone 13 segue superior na câmera frontal. Os detalhes, o contraste e o alcance dinâmico ficam na medida certa, além de o modo retrato ser quase impecável aqui. Fora que o dispositivo da Apple suporta filmagens em 4K de frente, enquanto o do Google fica limitado a Full HD.

O iPhone marca em selfies.

Para fechar o duelo, temos o quesito que talvez mais faça a diferença para o consumidor: o preço. Destes aparelhos, apenas o iPhone 13 chegou oficialmente ao Brasil. No mercado internacional, o Pixel 6 foi lançado a um preço inferior e, hoje, pode ser encontrado por importação no varejo brasileiro na faixa de R$ 6.400, o mesmo do iPhone na operação nacional.

Pela falta de garantia local do Pixel, é mais negócio ir de iPhone. Por isso, a Apple fica com o último ponto aqui.

Estamos no final de mais um Comparativo, que colocou lado a lado dois tops de linha das gigantes Google e Apple. Desta vez, a “Maçã” levou a melhor no seu conjunto. O iPhone ainda é o que vem com a tela com cores melhores, som mais potente, sistema com maior longevidade e desempenho mais rápido, sem contar as suas câmeras superiores tanto em vídeos como em selfies.

O Pixel não fica muito atrás. Ele tem o visual diferente, um painel com taxa de atualização maior, recursos melhores no software e uma bateria de maior duração, fora o alcance dinâmico das suas câmeras traseiras. Porém, ainda faltava para ele ser lançado oficialmente no Brasil, para ter um custo-benefício que compense mais do que o rival.

RESULTADO

Google Pixel 6: 5 PONTOS

• Design mais diferentão
• Tela com maior taxa de atualização
• Software com mais recursos
• Bateria com maior autonomia
• Câmeras traseiras com melhor alcance dinâmico e modo noturno

Apple iPhone 13: 8 PONTOS

• Tela com Dolby Vision e cores acertadas
• Som mais potente
• Software com mais longevidade
• Desempenho mais rápido
• Câmeras traseiras com melhor modo retrato e ultrawide
• Vídeos com Dolby Vision e modo cinemático
• Selfies superiores com filmagens em 4K
• Disponível no Brasil e com garantia

Entre Pixel 6 e iPhone 13, você iria de qual? Prefere o que o Android te oferece ou a estabilidade do iOS? Diga para a gente no espaço abaixo.

(atualizado em 28 de janeiro de 2022, s 21:52)