Raro e mortal: vrus de Marburg causa morte na frica e OMS emite alerta

A pandemia de coronavírus já dá indícios de que pode perdurar por ainda mais tempo do que o esperado, visto que a variante Delta, considerada tão contagiosa quanto catapora, já provoca novas restrições na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, há outras doenças trazendo sérias preocupações à comunidade médica mundial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que autoridades da Guiné confirmaram uma morte pelo vírus Marburg, uma febre hemorrágica altamente infecciosa similar à ebola. Essa é a primeira vez que a doença fatal foi identificada no Oeste Africano.

Desde 1967, já ocorreram 12 grandes epidemias do vírus Marburg. A maioria deles ocorreu no sul e leste africano. O novo caso na Guiné foi identificado na semana passada, apenas dois meses depois do país se declarar livre de um surto de ebola, que no início deste ano matou 12 pessoas.

O paciente que sucumbiu ao Marburg recebeu tratamento médico em uma clínica local antes de suas condições físicas se deteriorarem rapidamente. O diagnóstico da doença causadora da morte foi confirmado pouco depois por analistas do Instituto Pasteur, no Senegal, e do laboratório nacional de febre hemorrágica da Guiné.

As autoridades de saúde do país alertaram para o potencial de disseminação do vírus Marburg e afirmaram estar trabalhando para implementar uma resposta rápida à situação.

Os casos fatais do Marburg variaram entre 24% e 88% nos últimos surtos, dependendo da cepa do vírus e do gerenciamento da situação. A transmissão ocorre de maneira similar à ebola: através de contato com fluidos corporais e tecidos contaminados.

As epidemias de Marburg começam quando um animal infectado, como um macaco ou morcego de frutas, passa o vírus para um humano. A partir disso, a transmissão continua de humano para humano via fluidos corporais. Os sintomas incluem dor de cabeça, vômito de sangue, dores musculares e sangramento através de vários orifícios.