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FBI persegue ativistas que implementaram bitcoin em cidade dos EUA | Finanças

FBI persegue ativistas que implementaram bitcoin em cidade dos EUA | Finanças

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Em 16 de março, seis pessoas foram presas na cidade de Keene, em New Hampshire nos Estados Unidos, acusadas de operar ilegalmente uma exchange de criptomoedas através de sites e até mesmo caixas eletrônicos que trocavam bitcoin (BTC) por dólares. Trata-se do grupo ativista libertário “Free Keene”, que desejava migrar o sistema econômico da cidade para as moedas digitais descentralizadas. Agora, detalhes inéditos da operação federal foram revelados.

Grupo de ativistas pró-criptomoedas denuncia prisão agressiva (Imagem: QuoteInspector/ Flickr)

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O The Verge publicou nesta última segunda-feira (02) uma reportagem que conta em detalhes a história do grupo Free Keene e do que ocorreu no dia 16 de março, quando o FBI invadiu diversas propriedades associadas ao movimento, apreendeu milhões em bitcoin, e prendeu seis pessoas. “Eles operavam seus negócios de câmbio de moedas virtuais usando sites e caixas eletrônicos de criptomoedas em New Hampshire”, disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) na acusação.

FBI prendeu seis pessoas em exagerada operação militar

Entre os indivíduos acusados, alguns até mesmo mudaram seus nomes em prol da causa.​​ Ian Freeman, anteriormente, Ian Bernard, de 40 anos, é tido como o líder do movimento. Outros detidos foram Colleen Fordham, Renee Spinella, Andrew Spinella, Aria DiMezzo e até mesmo uma pessoa chamada “Ninguém” (Nobody), anteriormente Richard Paul.

Conforme o The Verge apurou, a operação realizada naquela madrugada foi assustadoramente militarizada. Freeman acordou ao som de vidros quebrando em sua sala e encontrou uma numerosa equipe especial da polícia, com direito a drones sobrevoando sua residência, SUVs do lado de fora e rifles apontados para ele. Aria DiMezzo revelou que naquela mesma noite foi surpreendida por outro time do FBI que teria ameaçado atirar nela se ela se movesse.

A operação também apreendeu milhões em posse do grupo libertário. Em múltiplos locais na cidade de Keene, o FBI derrubou caixas eletrônicos dedicados à conversão de criptomoedas. No total, foram apreendidos US$ 50 mil em dinheiro de dentro das máquinas. Os agentes também encontraram e levaram outros US$ 180 mil da casa de Freeman, junto a barras de prata, uma moeda de platina, ouro e dois bitcoins físicos de 1 BTC e 100 BTC, que deixaram de ser vendidos em 2013 e hoje valem mais de US$ 4 milhões.

Movimento ativista ou organização criminosa?

O FBI estava investigando o grupo libertário e suas ações há anos, buscando evidências de atividades ilegais, como lavagem de dinheiro. Porém, a acusação que deteve os ativistas foi de operar um negócio de câmbio de criptomoedas ilegalmente, que permitiu que clientes trocassem mais de US$ 10 milhões por moedas digitais. Por seus serviços, o grupo também cobrava uma taxa administrativa sobre as transações.

Grupo implementou bitcoin e outras criptomoedas na economia local de Keene (Imagem: David McBee/Pexels)

Grupo implementou bitcoin e outras criptomoedas na economia local de Keene (Imagem: David McBee/Pexels)

O negócio, porém, foi muito bem-sucedido e transformou parte da pequena cidade de New Hamphsire em um “paraíso libertário”, cuja economia começou a funcionar sem o uso de dólares. Ao menos 20 estabelecimentos adotaram pagamentos com criptomoedas a pedido de Freeman.

O projeto Free Keene se descreve como um grupo de “ativismo pela liberdade de New Hampshire”. Todos os seus participantes são apoiadores de longa data das moedas digitais, como o bitcoin, e enriqueceram com a valorização do ativo nos últimos anos. Ainda em 2021, o grupo fundou uma “Embaixada do Bitcoin” em Keene, um pequeno quarto ao lado de uma loja de conveniência onde havia um caixa eletrônico de criptomoedas.

Enquanto a acusação alega que “os réus operaram conscientemente uma exchange de moedas digitais em violação das leis e regulamentos federais de combate à lavagem de dinheiro”, os advogados de defesa descrevem o projeto em termos mais idealistas: “os réus eram um grupo vagamente afiliado de pessoas com tendências políticas libertárias que incluíam uma forte crença de que o bitcoin era um grande passo para aqueles que defendem a liberdade humana”.

Contudo, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que o grupo criou uma série de instituições religiosas de fachada para evitar a detecção de sua operação, alegando que o negócio todo, na realidade, eram contribuições de caridade, despistando assim os olhos das autoridades fiscais. Os réus foram soltos sobre fiança e o julgamento está marcado para 22 de outubro de 2021. Eles são acusados de fraude, lavagem de dinheiro e crimes fiscais.

Com informações: The Verge

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