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‘Um lugar silencioso – Parte 2’ perde tensão ao expandir demais o mundo do original; G1 já viu | Cinema

‘Um lugar silencioso – Parte 2’ perde tensão ao expandir demais o mundo do original; G1 já viu | Cinema

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Em 2018, o mundo segurava a respiração nos cinemas enquanto um monstro misterioso atraído por som sitiava uma família em um futuro próximo distópico. Três anos depois, “Um lugar silencioso – Parte 2” é a inevitável sequência que até reproduz um pouco da tensão – mas perde muito da angústia provocada pelo desconhecido e pela narrativa focada do original.

O filme, que estreia nesta quinta-feira (22) nos cinemas brasileiros depois de incontáveis adiamentos e até adiantamentos provocados pela pandemia, mantém John Krasinski (“The Office”) como diretor, e isso é ótimo.

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Ele repete a sensibilidade demonstrada no anterior e mostra que domina como ninguém o mundo destruído criado na trama, ao mesmo tempo em que tira mais uma vez belas atuações de sua mulher, Emily Blunt (“O retorno de Mary Poppins”), e das crianças Millicent Simmonds e Noah Jupe.

Infelizmente, seu roteiro cai na armadilha previsível da continuação de um sucesso inesperado de gênero.

Ao expandir uma mitologia com monstros agora revelados e com fraquezas, “Parte 2” dilui muito daquilo que o tornou fascinante de verdade, conseguindo se manter apenas um pouco acima do mediano.

Teaser de 'Um lugar silencioso 2'

Teaser de ‘Um lugar silencioso 2’

A continuação começa praticamente onde o antecessor terminou. Depois do nascimento do bebê, da destruição de seu refúgio e da descoberta do calcanhar de Aquiles dos monstrengos alienígenas, os sobreviventes da família Abbott deixam a fazenda em busca de uma nova moradia.

Ao mesmo tempo, o filme retrata também os primeiros momentos após a chegada das criaturas, nas cenas em que reproduz com mais destreza a incerteza e a apreensão do original.

O problema é que assim passa a sensação de duas histórias misturadas quase pela metade. Além disso, enfraquece um dos fundamentos do terror, tão apoiado no mistério e no desconhecido.

Quanto mais explicação, quanto mais luz é jogada sobre a até então ameaça indestrutível, menores são os riscos para protagonistas e público.

Millicent Simmonds e John Krasinski em cena de ‘Um lugar silencioso – Parte 2’ — Foto: Divulgação

A expansão do mundo também prejudica. Enquanto na parte 1 a família parecia consistir em todo o futuro da humanidade, por mais que nunca confirmasse ou negasse essa possibilidade, a revelação de toda uma sociedade em outros lugares fragiliza a tensão.

Se isso não fosse o bastante, a adição do personagem de Cillian Murphy (“Peaky Blinders”), um veterano do apocalipse cinematográfico, e sua eventual parceria com a jovem Regan (Simmonds) tinha tudo para dar certo.

A química entre os dois funciona bem demais e a atriz, agora com 18 anos, é de longe a melhor coisa do filme.

Mas qualquer jogador de videogame dos últimos anos dificilmente vai evitar a comparação com a relação dos protagonistas de “Last of us” – um anti herói relutante e uma menina portadora da última esperança de um planeta destruído.

Falando assim parece que o filme é terrível. Não é o caso, Blunt repete sua habitual competência e, como já foi dito, Simmonds arrasa em todas as suas cenas. “Parte 2” sofre por causa da excelência de seu antecessor, mas ainda valeria um ingresso em dias não pandêmicos.

Cillian Murphy e Djimon Hounsou são novidades do elenco de ‘Um lugar silencioso – Parte 2’ — Foto: Divulgação





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